O ponto dos Músicos aqui em São Paulo,no período matutino e no vespertino,era junto as escadarias da Catedral da Sé.
Já a noite era na esquina da avenida São João com a avenida Ipiranga.
Era lá no ponto dos músicos que os empresários artísticos da época, os chefes de orquestra e os proprietários de restaurantes e casas noturnas contratavam profissionais da área para alegrar as noites de São Paulo. Devagarinho e aos poucos, todos os espaços da calçada eram ocupados por pessoas de quase todas as idades e aparentemente desocupadas, que, começavam a tratar do principal assunto das diversas rodas que iam se formando: a música.
A maioria dos presentes usava calças escuras e camisas brancas e eu explico a razão da coincidência: naquele tempo, os trabalhos eram acertados, praticamente, no mesmo dia de sua realização, e para quase todos havia a exigência do paletó e da gravata, que muitas vezes nos eram emprestados, então, pelos chefes de conjuntos e orquestras.
Enquanto uns tratavam de receber o cachê do dia anterior, outros escreviam arranjos sobre as capotas dos automóveis estacionados, com seus instrumentos e respectivos estojos aos pés, numa cena muito mais apropriada para um mercado persa.
Muitos músicos desta época ainda estão por aí, a tocar com sua arte o coração das pessoas, sendo que a grande maioria já reforçaram a Grande Orquestra DO NOSSO CRIADOR.
fonte: https://acordeonistaseprofessores.comunidades.net/artigoo-ponto-dos-musicos